quinta-feira, agosto 31, 2006

Última leitura de férias

Ainda integrado nas minhas férias, deixo "Os novos mistérios de Sintra".
Quando tive conhecimento da parceria entre Alice Vieira, João Aguiar, José Fanha, José Jorge Letria, Luísa Beltrão, Mário Zambujal e Rosa Lobato de Faria, no livro "O código D'Avintes", fiquei de curiosidade aguçada.
Na 2ª feira entrei na Fnac e descobri que, para além deste, havia um outro livro escrito por esta parceria (os novos mistérios de Sintra). Resolvi então comprar os dois.
Ontem, aleatoriamente, comecei a lê-lo e hoje...terminei-o.
Encerro assim as "leituras de férias", já que hoje termina Agosto e segunda vou trabalhar, com este livro. Escusado será dizer que o próximo a ler (começo já hoje) será "O código D'Avintes".

Última leitura em período de férias:

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"Os Novos Mistérios de Sintra" - Mário Zambujal, Luísa Beltrão, José Jorge Letria, Alice Vieira, João Aguiar, José Fanha e Rosa Lobato de Faria.

Um livro muito peculiar, um romance policial, escrito mano a mano (tal como Eça e Ramalho), com pequenas referências históricas. Um daqueles livros que se começa e não se consegue deixar, com a característica de podermos escolher entre 4 finais.
(...)" O que é certo é que todos os finais primam pela amoralidade. Tal como a vida verdadeira..."(...)

(Eu, apesar de os achar a todos caricatos, optaria pela "imoral da história I")

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quarta-feira, agosto 30, 2006

Livros de férias

Ora aqui vai o balanço das minhas leituras!

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"Otelo"- Shakespeare
Discutir a mestria de Shakespeare é desnecessário, por isso vou referir-me apenas à obra em questão. "Otelo" encerra as virtudes e os defeitos nas relações humanas, e mostra como a inveja tem o poder de mover montanhas e não olhar a meios para atingir fins.
O amor que parece indestrutível é abalado pela intriga e pelo ciúme, transformando-se em ódio e em absoluta loucura.

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"Efeito Urano" - Fernanda Young
Desconhecendo de todo a autora, achei como primeira descoberta, um livro curioso, também de relações. Desta feita amor, paixão e desejo versus ciúme, posse e obsessão. Sem papas na língua...
(...)" Estar apaixonado estimula a sensação de que somos geniais"(...)

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3º- "As terças com Morrie" - Mitch Albom
Quando a morte nos bate à porta e nos deixa sobre aviso...
A ligação de um homem com a morte, que se aproxima a passos largos, e a sua forma de encarar a vida em todos os seus aspectos.
Uma história verídica onde, em forma de últimas lições, um velho professor se despede da vida em encontros às terças-feiras com um seu ex-aluno.

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4º - "Gaudí" - Mario Lacruz
Romance interessante, descoberto na gaveta de um famoso editor espanhol, após a sua morte.
Ficamos a conhecer, para além do percurso de Gaudí, os aspectos da sua forte personalidade, e da sua vontade inabalável.

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5º- "Morreste-me" - José Luís Peixoto
Substituí a leitura de "Uma casa na escuridão" por este outro livro de José Luís Peixoto. Intenso, forte e triste, "Morreste-me" é um livro que fala sobre a perda e a separação que todos os seres humanos vivem, quando atingidos pela morte de alguém próximo.
"Sim, pai, conseguiste. Conseguiste tudo. Deste-me o que tenho. Construíste-me e construíste a esperança no que tocaste. E olho-me pela última vez, vejo-me. A carne, o querer de criança".

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6º - "Timbuktu" - Paul Auster
E na linha das perdas..."Timbuktu" relata o percurso de um cão, "Mr Bones", antes e após a perda do seu dono. "Timbuktu" é um livro doce e forte, e extremamente humano, nele encontramos a pureza e a bondade, que todos devíamos transportar em nós, materializada neste cão absolutamente magnífico.

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terça-feira, agosto 29, 2006

Mês de Agosto

São 9.10 da manhã, acabei de me sentar. O comboio arrancou, liguei o ipod, a música é sempre a mesma "Antony and the Johnsons". O cansaço também é sempre o mesmo...
As férias terminam domingo, um mês passou num ápice.
Foi um mês caminhante, que caminhou, mesmo quando eu parei, um mês que quis ensinar-me, quando eu não quis aprender. Um mês longe de espaços agrestes de memórias, longe da minha casa.
Foi "O" mês em que fiz 30 anos, em que andei de um lado para o outro, em que li alguns livros pendentes, vi alguns filmes que perdi no cinema. O mês em que muito ri e muito chorei. O mês em que fui corajosa, mas o mês em que temi. O mês que amei e desamei e voltei a amar (mesmo com diferentes tipos de amor, como diz alguém que amo). O mês que sonhei e confirmei a minha recusa no acordar. O mês em que compreendi o que não queria aceitar. O mês em que vi o que não queria ver. O mês em que senti, senti, senti, tudo até à exaustão. O mês em que gritei e esperneei do fundo da alma. O mês em que vi com lucidez a rapidez com que a vida nos apanha e nos testa. O mês em que me revisitei como aluna indisciplinada. O mês em que acabei por dar um sinal a mim própria.
O mês em que, alguém que amo, me propôs um desafio: "Acredita na Magia; Sente..."
Este, em que escrevo, é ainda o mesmo mês, mas vou disciplinar-me a acreditar e a sentir este mês e todos os outros que hão-de vir...

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sexta-feira, agosto 25, 2006

Paragem em férias


16/08/2006
Acordei na expectativa de fazer 30 anos, com aquela absurda tendência em atribuir importância a datas e a números, quando o que carrega a maior relevância é o estarmos vivos e podermos celebrar mais um ano de caminhada na vida, recordando o que passou.
Às vezes perdemos tempo quando nos apegamos demasiado a nós próprios e ao materialismo das banalizações. Mas no dia em que fiz 30 anos, à noite, enquanto jantava, recebi a notícia de que a "Camila", uma cocker muito especial de uma amiga minha, tinha partido rumo a "Timbuktu", terminando o seu sofrimento nesta vida.
Mas assim como Mr. Bones esperava encontrar Willy, acredito que a Camila encontrou realmente quem a recebeu, renovada e recuperada da dor, de braços abertos nesse outro mundo que existe mais além, seja apelidado de timbuktu, ou de outro nome qualquer.
Porque para além da importância de se celebrar mais um ano que passa e que nos prova que estamos vivos, persiste uma importância maior na certeza de que, quando cumprimos o nosso fado, e chega a nossa hora, não terminamos a nossa caminhada, apenas a continuamos noutro patamar, renovados e renascidos.
Por isso, Camila, onde quer que estejas, espero que a tua caminhada seja singela e doce como era o teu olhar e que te sintas Aí amada como o foste AQUI.

"Enquanto nos pudermos amar uns aos outros, e recordar o sentimento de amor que tivemos, podemos morrer sem partir de facto. Todo o amor que tiveres criado estará ainda ali. Todas as memórias ainda estão ali. Continuas a viver, nos corações de toda a gente que tiveres tocado e acarinhado enquanto aqui estiveste."

Morrie Schwartz

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sexta-feira, agosto 04, 2006

Pequena paragem

Continuando em férias, vou deixar o blog descansar por uns dias. E como os caracteres têm andado meio descontrolados, vou deixá-lo descansar, até encontrar solução...
Volto em breve e levo na bagagem "Otelo" e "Uma casa na escuridão".
Até já...

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quinta-feira, agosto 03, 2006

Blow Up (universo 3 em férias)


Blow Up(1966), de Michelangelo Antonioni

Blow-Up(1966) do director Michelangelo Antonioni expõem-nos e examina a natureza da realidade através da fotografia, bem como a natureza da percepção humana. Partindo do Princípio da Incerteza ou da Indeterminação (1927) de Werner Heisenberg que afirmou que é impossí­vel especificar e determinar, simultaneamente e com precisão absoluta a posição e a velocidade de uma partícula, pois o próprio acto de medida perturba, até certo ponto, o fenómeno. Assim partindo deste pressuposto, Antonioni reivindica que o acontecimento observado, está alterado pela mera presença do observador. A observação, não é nunca um processo neutro ou abstracto. O princí­pio adjacente da narrativa de Blow Up será o de nenhum fenómeno ser puro, pois quando as emoções humanas entram no jogo, deixam em consideração a culpa, o obsessão e, finalmente, o medo.
Londres, anos 60, um fotógrafo very stylish, Thomas (David Hemmings), vive uma carreira de excesso e glamour. Thomas vê algo (ou talvez não) ao fotografar, num parque de Londres por mera casualidade. Thomas torna-se então obcecado pela possibilidade de ter fotografado um assassinato. (é aquele um corpo sob os arbustos?) Enquanto a sua obsessão cresce, Thomas repetidamente amplia, estuda, e monta os seus negativos para encontrar a prova final, a evidência da ocorrência possível.
Uma outra imagem indelével, que enfatiza a linha entre a realidade objectiva e a ilusão, encontra-se no final do filme, no qual Thomas participa com um grupo de jovens mascarados numa pantomima, lança-lhes uma bola de ténis invisível e jogam um jogo impossível de descrever. As bolas, as raquetes de ténis e a audiência não existem. Na mente de Thomas ouve-se a ilusão, o som de um jogo real do ténis, através do soundtrack do filme.
Qual a natureza da realidade? Não deformamos o natural com interpretações e inflexões. Será que houve um assassinato? será que houve um morto? Ou a imaginação voyeuristica de uma mente num quotidiano delirante? (http://www.voyeurprojectview.org)

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"As novas Bacantes"

"O eminente especialista em mitologia comparada voltava ao mito da vingança do deus oriental Dioniso contra o rei Penteu, O culto de Dioniso era originário na Índia antes de chegar à Anatólia e depois à Grécia, onde adquiriu numerosos adeptos. Mas o jovem rei Penteu, forte defensor da identidade grega, não estava para aí­ virado. O novo deus vinha de fora. Esse estrangeiro fazia-se rodear de mulheres que, durante a noite, se embriagavam de danças e cantos, faziam barulho, perseguiam vacas que depois esquartejavam com as próprias mãos com uma força prodigiosa e que, ao nascer do dia, caíam exaustas e dormiam em vez de cozinhar."

"As novas bacantes" - Catherine Clément

Universo 2: Leituras em férias

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quarta-feira, agosto 02, 2006

"Genealogias de um Crime" (universo 1 em férias)

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Sinopse

O argumento deste filme tem origem numa história real que aconteceu em Viena antes da Segunda Guerra Mundial. Conta-se que Hermine Hellmut van Hug, uma psicóloga infantil, terá detectado tendências homicidas no seu sobrinho de cinco anos. Segundo o seu estudo, é nesta idade que a personalidade fica completamente definida. Sem mais demoras, decide estudar o desenvolvimento do carácter criminoso da criança que, no final, acaba por assassinar a sua tia.

Ficha Artística:

CATHERINE DENEUVE
MICHEL PICCOLI
MELVIL POUPAUD
ANDRZEJ SEWERYN
BERNARDETTE LAFONT
MONIQUE MELINAND
HUBERT SAINT MACARY
MATHIEU AMALRIC

Ficha Técnica


Realização:
RAOUL RUIZ

Argumento e Diálogos:
PASCAL BONITZER
RAOUL RUIZ

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Universos em Férias


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