terça-feira, outubro 10, 2006

Sepúlveda


O PODER DOS SONHOS
LUIS SEPÚLVEDA
EDIÇÕES ASA - 2006







Sinopse:
"Sonhamos que é possível outro mundo e tornaremos realidade esse outro mundo possível", afirma Luis Sepúlveda, e esta não é apenas uma declaração de intenções. Como é seu hábito, o escritor chileno usa o seu talento de narrador para denunciar o estado de inquietação do país que ama e que o viu nascer, do país onde escolheu viver e do mundo inteiro em geral. O empenho cívico que o incita a acusar a veiculação de informação corrompida, a condenar "o indigno atoleiro que hoje é o Iraque", a criticar a guerra e a mostrar a sua indignação pelas vítimas da tortura ou do "friendly fire" possui a mesma profunda raiz humana com que recorda as companheiras e companheiros dos afortunados anos de Salvador Allende e com que homenageia os amigos de sempre. É portanto um forte sentimento de humanidade o que une as histórias e reflexões aqui reunidas, sempre pontuadas por uma convicta e apaixonada participação no destino dos marginalizados, dos esquecidos e das vítimas.

Comentário:
Falar de Sepúlveda é falar de genialidade, é falar de um autor cujas palavras se enchem, ao mesmo tempo, de poesia e fria realidade. Falar de Sepúlveda é, no fundo, poder dizer muito, mas ficar com a sensação que, ainda assim, se está a dizer pouco.
Neste livro, em particular, Sepúlveda volta à crítica das ditaduras, às lembranças de todos aqueles que foram vítimas do poder capitalista e fascista, por terem arriscado a ser lutadores, livres comunicadores e corajosos ao defender aquilo que devia pertencer a todos os seres humanos, a LIBERDADE.
Este livro entra no mesmo registo de "história suja", não é um romance, é uma declaração da necessidade de justiça, da necessidade de manifestar livremente as nossas convicções, da necessidade de punir quem tentou, durante anos, impedir essas manifestações puras do Homem e controlar regimes em nome do dinheiro, como Pinochet.
Este livro, como todos os outros de Sepúlveda, sejam romances ou não, vale a pena ser lido, para que nos lembremos de tantos homens e mulheres que sacrificaram as suas vidas em nome da luta pelos direitos que deviam ser inerentes a todos, os direitos humanos.

Etiquetas:

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Deixaste-me com vontade de ler esse livro! Dele só li o Patagonia express e História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar! ;) Obrigada pela dica!

4:13 da tarde  
Blogger Van said...

Recebeu as fotos???

6:22 da tarde  
Blogger Susana Fonseca said...

Recebi. Obrigada e beijocas.

10:41 da tarde  
Blogger sandra said...

Estou a terminar o Mundo do fim do Mundo. Confesso que comecei por gostar muito de Sepúlveda com a História de Uma Gaivota... e O Velho que Lia Romances de Amor. Passei a O general e o Juíz, que se veio a revelar demasiado histórico para o que me apetecia ler então. O que leio agora mais uma vez deixou-me desiludida... falta-lhe um pouco da magia e sublimação que senti nos outros. Prende-se demasiado com agruras e as tais quetsões que defende. E defende muito bem! Mas não me apetecem as realidades. Pelo menos, agora não...

10:55 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Esta lua está cheia de claridade.

11:29 da tarde  
Blogger emot said...

a minha primeira vez neste blog e gostei. Parabéns pelo bom gosto!

1:10 da manhã  

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