Évora

"Sobre o casario branco vou descobrindo aqui e além manchas negras de velhos templos, e ao alto, disparadas ao céu, as torres da Sé."
"A cidade resplandecia a um sol familiar, branca, enredada de ruas como de velhas ciladas, semeada de ruínas, de arcos partidos, nichos de santos das orações de outras eras, janelas góticas, como olhares embiocados. Évora mortuária, encruzilhada de raças, ossuário dos séculos e dos sonhos dos homens, como te lembro, como me dóis!"

"A cidade resplandecia a um sol familiar, branca, enredada de ruas como de velhas ciladas, semeada de ruínas, de arcos partidos, nichos de santos das orações de outras eras, janelas góticas, como olhares embiocados. Évora mortuária, encruzilhada de raças, ossuário dos séculos e dos sonhos dos homens, como te lembro, como me dóis!"

"O Liceu estava deserto, as aulas começariam daí a dias, agora haveria apenas os exames da segunda época. E jamais eu esqueceria essa aparição do Liceu, como a de toda a cidade, tão estranha. Templo de Diana. Só nessa noite o vi bem, nessa noite de Setembro, lavado de uma grande lua - raios imóveis de uma oração mutilada, silenciosa imagem do arrepio dos séculos..."
Vergílio Ferreira, Aparição
Vergílio Ferreira, Aparição

Etiquetas: Universos literários
5 Comments:
Évora é magnífica, já lá não vou há dois anitos, mas despertaste-me as saudades...
Cidade inspiradora, sem dúvida. Onde passei alguns dos melhores anos da minha vida.
bela cidade, que me acolheu durante 5 belos anos...
Visitámo-la juntas, pela terceira vez, e sempre com um novo olhar... já se dispensa a cantilena das guias porque o percurso é sobejamente conhecido, certo? Mas todos os anos vejo novas coisas. Pena que desta vez os grupos fossem diferentes...
E este ano deixará saudades, porque foi o último. Toca a preparar o "Memorial do Convento". Lá vamos nós a Mafra...
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