quinta-feira, janeiro 04, 2007

Última leitura em 2006

O post vem em atraso, mas enfim, esta foi a minha última leitura de 2006. Um livro de contos, de uma singeleza própria de Sophia.



Contos Exemplares - Sophia de Mello Breyner Andresen, 1962.

O seu nome faz uma referência directa, explícita numa citação no início do livro, às Novelas exemplares de Miguel de Cervantes ("é-lhes dado o nome de exemplares, e se virdes bem, não há nenhum do qual não se possa retirar um exemplo").


(...)"De facto, para conquistar todo o sucesso e todos os gloriosos bens que possui, Mónica teve que renunciar a três coisas: à poesia, ao amor e à santidade.
A poesia é oferecida a cada pessoa só uma vez e o efeito da negação é irreversível. O amor é oferecido raramente e aquele que o nega algumas vezes depois não o encontra mais. Mas a santidade é oferecida a cada pessoa de novo cada dia, e por isso aqueles que renunciam à santidade são obrigados a repetir a negação todos os dias."(..)

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7 Comments:

Blogger serotonina said...

Adoro Sophia de Mello Breyner Andresen. Tem poemas lindos e contos também.

10:44 da tarde  
Blogger LemonTea said...

E todos, preciosidades!...

De cada vez que nos negamos, morremos um pouco...

11:04 da manhã  
Blogger Psipsina said...

O caminho da manhã é uma preciosidade!

2:47 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Sim, de facto, Lemontea

9:32 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Estou passando para falar sobre o meu novo blog (http://claque-te.blogspot.com) onde eu escreverei
sobre filmes que chamaram minha atenção enquanto que o the cave ficará como um panorama global do
que está rolando na sétima arte ultimamente. Além disso, há textos meus de 15 em 15 dias no portal
Reação Cultural (http://reacaocultural.blgospot.com), uma revista virtual da qual participo.

Abraços do crítico da caverna.

7:45 da tarde  
Blogger Elipse said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

6:50 da tarde  
Blogger Elipse said...

Não comentei os filmes, é uma falha, mas prefiro sempre os livros.
Com que então andaste a ler a Mónica.
Tens menos idade que eu,não sei como leste este conto, mas às vezes as pessoas prendem-se na polivalência da Mónica sem perceberem o verdadeiro sentido da entrega desta mulher a uma causa. Não a causa feminina... não a luta pela afirmação do ser humano, sequer. Aí está a sabedoria da Sophia.
Percebeste quem é o príncipe de quem ela é amiga e a quem admira?Com uma ironia mais do que mordaz, ela acusa Mónica de ser uma das mulheres vazias de sentido crítico que apoiava cegamente Salazar.

Quanto aos teus desabafos... percebi-te muito bem. É preciso estar "dentro do convento" para saber o que se passa lá dentro e quem não sabe não deve dar palpites.
Um abraço.
Anabela

(fui eu que apaguei o comentário de cima, levava erros)

6:52 da tarde  

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