terça-feira, agosto 21, 2007

The last king of Scotland - O último rei da Escócia
Ano: 2006
Realização: Kevin Macdonald
Elenco: Forest Whitaker, Simon McBurney, Gillian Anderson
Sinopse: O médico escocês Nicholas Garrigan recebe uma missão médica no Uganda, e conhece uma das maiores figuras bárbaras: Idi Amin. Impressionado pela do jovem médico num momento de crise, Amin, presidente do Uganda, coloca-o na posição de médico pessoal e confidente mais próximo.

Paris, Je t' Aime
Ano: 2006
Realização: Olivier Assayas, Christopher Doyle, Wes Craven, Alfonso Cuarón, Gus Van Sant, Walter Salles...
Elenco: Steve Buscemi, Miranda Richardson, Juliette Binoche, Elijah Wood, Nick Nolte...
Sinopse: Vários bairros de Paris, vários realizadores. A cidade da luz reinventada pelos maiores realizadores internacionais. Histórias de amores roubados, passageiros, vampirizados ou revelados.

Shortbus
Ano: 2006
Realização: John Cameron Mitchell
Elenco: Sook-Yin Lee, Paul Dawson
Sinopse: Sofia é uma terapeuta sexual mas nunca teve um orgasmo. Entre os seus clientes, encontram-se James e Jamie, cuja relação começa a conhecer novos horizontes. Todas estas personagens se encontram no Shortbus, um clube "underground" onde se misturam arte, música, política...e sexo.


Fracture - Ruptura
Ano: 2007
Realização: Gregory Hoblit
Elenco: Anthony Hopkins, Ryan Gosling
Sinopse: Quando Ted Crawford descobre que a sua esposa, Jennifer, está a ter um caso, planeia o seu assassinato… o assassinato perfeito. Crawford é imediatamente detido e acusado após a confissão - um caso aparentemente fácil para o influente advogado Willy Beachum, mas nada é tão simples como parece, incluindo este caso.














Comentário:
"The last king of Scotland" - Retrata de uma forma realista e crua o regime de Idi Amin (1920- 16 de Agosto de 2003), líder do Uganda, acusado de matar durante o seu governo, de 8 anos, cerca de 300 mil pessoas. Forest Whitaker interpreta o ditador de uma forma absolutamente admirável, mostrando o seu temperamento excêntrico e inconstante, um déspota, cruel e extremamente vaidoso, que chegou a declarar-se rei da Escócia.
O filme é um documento a lembrar-nos as constantes violações dos direitos humanos que perpassam pelas sociedades, tal como o foi outro grande filme "Hotel Rwanda".

"Paris, Je t' Aime" - Elenco e realizações de luxo, num retrato não só da cidade, mas também das relações humanas entre as personagens. Cada história tem o toque inconfundível do respectivo cineasta, e, talvez por isso, algumas histórias são formidáveis e outras um tanto ou quanto absurdas, mostrando assim algum desequilíbrio.
Cada realizador tinha a tarefa de contar em 5 minutos uma história passada num bairro de Paris, daí resulta um mosaico de histórias de amor, encontros e separações.
Temos um leque de sentimentos, temas e retratos, como o humor dos irmãos Coen, a doçura de Sylvain Chomet, a tristeza de Oliver Schmitz, o absurdo de Christopher Doyle, o gótico de Vincenzo Natali, o peculiar de Wes craven, o paternal de Alfonso Cuarón, o inocente de Alexandre Payne, entre muitos outros.
O que me apraz dizer é que, por entre tantas histórias, as que mais me cativaram e que considerei histórias bem construídas e bem pensadas foram: "Place des fêtes"- Oliver Schmitz; "Pigalle"- Richard LaGravenese; "Bastille"-Isabel Coixet; "Père Lachaise"- Wes Craven; "Fauborg Saint-Denis" - Tom Tykwer; "Quartier Latin"- Frédéric Auburtin e Gérard Depardieu; "14th arrondissement" de Alexander Payne.

"Shortbus" - Um drama com sabor a comédia, uma comédia com sabor a drama. Shortbus é um filme curioso e ousado pela forma explícita como mostra as relações e os abismos em que estas mergulham, pela forma explícita como mostra o sexo que envolve a vida destas personagens carentes que representam inicialmente vidas sem oscilações, sem problemas, vidas mascaradas que no fim se destapam sem pudor, tal como todo o filme.

"Fracture"- A premissa é boa, mas a forma como o filme se vai desenvolvendo denota algumas falhas, e faz com que o interesse se vá perdendo gradualmente. No entanto destaca-se a grande interpretação de Anthony Hopkins, actor consagrado que raramente desilude, e que neste filme regressa ao papel do vilão que tão bem constrói. Os diálogos são interessantes, os jogos psicológicos entre as personagens também, mas os trunfos são todos jogados no incício do filme causando por isso um fraco final.

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8 Comments:

Blogger Arpedro said...

Acabei de ver o "Paris je t'aime". ADOREI! Tenho a agradecer-te o facto de o teres feito chegar até mim. Algumas das histórias estão realmente muito bem conseguidas e facilmente nos sentimos retratados nelas. A maior parte das minhas preferidas correspondem às que elegeste também. Temos de vê-lo na versão original, para ser perfeito.
Para além disso, o cenário, por si só, já era meio caminho andado para que o filme deixasse marcas em mim (como obviamente tu sabias que poderia acontecer). Foi muito bom rever desta forma espaços que foram meus durante um ano. Obrigada!
Agora o poster ganha ainda mais sentido. ;)
Vou dedicar-me nos próximos dias a ver mais sugestões tuas.
Beijo grande para ti.

2:20 da manhã  
Blogger d. said...

O Shortbus tem uma banda sonora fantástica, não me canso de ouvir! Achei o filme delicioso, com várias leituras! :)

12:15 da tarde  
Blogger Gonçalo Trindade said...

O Fracture teve realmente um desenlace final que sem dúvida desilude... enfim, vale pelo Anthony Hopkins (que, de facto, nunca desilude... principalmente no papel de vilão) e também pelo Ryan Gosling, que achei ter feito ainda assim um belo papel (mas eu tenho é mesmo de ver o Half Nelson...).

8:24 da tarde  
Blogger Museu do Cinema said...

O Ùltimo Rei da Escocia é um filmão!

Shortbus, que ainda não vi, me parece uma tendência de se mostrar o sexo explicitamente quando o tema envolve ele.

8:39 da tarde  
Blogger Luís A. said...

Gostei muito do last king....infelizmente ainda não deu para ver os outros. abraço:)

11:47 da manhã  
Blogger PostScriptum said...

Prefiro chamar ao desiquilíbrio do "Paris, Je t' Aime", complementariades. O que enriquece notoriamente o filme.
Anotei os outros, que ainda não vi.
Bjs, S.

11:53 da manhã  
Blogger spring said...

olá lua obscura!
"Paris je t'aime" é um daqueles filmes que se ama depois de conhecer Paris, ou então ficamos com um desejo enorme de visitar a cidade das luzes... um desejo oferecido pelo cinema.
"Os Passeios de Paris" é outra obra que nos convida a visitar a cidade.
Há um album/livro editado sobre o filme, com um roteiro maravilhoso que também merece ser "visitado".
cumprimentos cinéfilos
paula e rui lima

6:39 da tarde  
Blogger serotonina said...

de todos, só me falta ver o Último Rei da Escócia. Quanto aos outros, achei o Paris Je t'aime delicioso com alguns segmentos geniais. O Shortbus, é fantástico com momentos que nos fazem pensar, uma hipérbole de muitas vivências. O Fracture, é mais um filme que entretém e com alguns apontamentos interessantes. Eu adoro o Ryan Gosling.

9:09 da tarde  

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