Evening

Evening - Ao anoitecer

Realização:
Lajos Koltai

Elenco:
Claire Danes, Toni Collette, Vanessa Redgrave, Patrick Wilson, Natasha Richardson, Meryl Streep, Glenn Close.

Sinopse:
Drama que explora o passado romântico e o presente emocional de Ann Grant ao lado das filhas Constance e Nina. Ann está à beira da morte e, através das suas lembranças, transporta as filhas para o passado.

Comentário:
Evening é lento na narrativa, sem pretensões vai dando destaque a um universo feminino povoado de memórias e interrogações.
Num elenco sem mácula, e elevado em talento, seja nas actrizes jovens ou nas mais velhas, Evening vai marcando subtilmente o desempenho de cada uma, num passado distante, ou num presente que parece ser fugaz porque morre perto do que foi e do que será a vida das personagens, na passagem das gerações.
Ficamos com a sensação de que o passado pode marcar mais que tudo o que venha depois.

The brave one

The Brave one - A estranha em mim

Realização:
Neil Jordan

Elenco:
Jodie Foster, Terrence Howard, Nicky Katt.



Sinopse:
As ruas de Nova Iorque são a casa e a subsistência de Erica Bain (Jodie Foster). Ela partilha os sons e as histórias da sua adorada cidade com a audiência da rádio, como anfitriã do programa "Street Walk". À noite, ela regressa a casa para o seu noivo David Kirmani (Naveen Andrews). Mas tudo o que Erica conhece e adora é roubado numa noite terrível quando ela e David são apanhados num ataque aleatório e vicioso que deixa David morto e Erica próxima da morte.

Comentário:
Porque em função de determinadas circunstâncias descobrimo-nos e descobrimos algo que julgamos não ser nosso.
A estranha em mim é o título que faz mais jus ao filme, porque o amor ou o ódio despertam o pior ou o melhor que há em nós e que, até àquele instante desconhecíamos. Não é uma questão de bravura, é uma questão de sobrevivência, de vingança, ou simplesmente de justiça.
Erica Bain representa um duplo papel, uma mulher a tentar voltar à vida quotidina e uma espécie de vigilante que tenta encontrar conforto fazendo justiça pelas próprias mãos. Quer vingar a dor e o desamparo passados e renovar-se perante uma nova oportunidade que não pediu. Não é legítimo, é brutal, ou um acto de irracionalidade, mas é difícil racionalizar perante o que nos é mostrado no filme e facilmente tomamos partido e aceitamos essa conduta, que de outra forma seria repreensível.
Jodie Foster e Terrence Howard são brilhantes, o enredo é brilhante. Neil Jordan continua a ser um mestre.
Filme não só a considerar, mas a obrigatoriamente ver e rever.